quarta-feira, 31 de agosto de 2011

ACERVO GARIBALDINO EM NOVO ESPAÇO CASA PINTO D' ULYSSÉA

A história de Anita e Giuseppe Garibaldi contada através de livros, retratos, utensílios, placas, louças, medalhas, fotos e grãos de areia. Tudo reunido por décadas pelo arquiteto, professor e historiador Wolfgang Ludwig Rau, estão à disposição do público e pesquisadores na Casa Pinto D Ulysséa, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.

O acervo foi cedido pelo estado em regime de comodato (empréstimo gratuito) ao município de Laguna. Comprado na época, do próprio historiador no valor de R$ 100 mil.

O interesse por Anita iniciou quando então arquiteto e projetista foi contratado para elaborar um selo com a imagem de Giuseppe Garibaldi.

O amor pela heroína surgiu com as histórias que leu sobre a lagunense. As pesquisas iniciaram na década de 60, o arquiteto virou historiador percorreu os locais onde o casal Garibaldino passou.

Em Montevidéu conheceu a casa dos revolucionários. Na Itália visitou a fazenda onde Anita veio a falecer. Onde passava recolhia objetos, histórias e lembranças.

O livro mais detalhista fonte de pesquisas veio das mãos de Ludwig “Anita Garibaldi - O Perfil de uma heroína brasileira", obra com 526 páginas, editada em 1975. Livro onde foi baseado o espetáculo A República em Laguna.

Rau era Suíço de origem alemã. Chegou ao Brasil em 1930, aos 14 anos, fixando-se em Lages.

Naturalizou-se brasileiro em 1940, durante a Segunda Guerra, e prestou o serviço militar em Curitiba em 41. Engenheiro, projetista e arquiteto, foi sócio de várias firmas de engenharia e arquitetura em Lages e Florianópolis, onde fixou residência.

Era maçom, membro de várias comunidades garibaldinas e de pesquisas, ao longo dos anos, foram reconhecendo seus estudos e lhe concedendo títulos e medalhas de méritos.

Sua fixação por Anita era tão grande que sua segunda esposa tinha as feições muito parecidas com as imagens mais conhecidas da heroína, e fazia questão de que ela se apresentasse vestida “de Anita” nos eventos onde era convidado ou homenageado.

Morreu, aos 93 anos, no dia 7 de fevereiro, em Florianópolis.

Fotos Relacionadas





CASA PINTO D' ULYSSÉA

ACERVO RAU

ACERVO RAU

ACERVO RAU

ACERVO RAU

ACERVO RAU

ACERVO RAU


ACERVO RAU

WOLFGANG LUDWIG RAU


ENTRADA ACERVO RAU

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

JANE AUSTEN

Jane Austen

Jane Austen
Único retrato original de Jane Austen, aquarela feita por Cassandra Austen, 1810.
Nascimento16 de Dezembro de 1775
Steventon
 Reino Unido
Morte18 de julho de 1817 (41 anos)
Winchester
 Reino Unido
OcupaçãoRomancista
Principais trabalhosPride and Prejudice, Sense and Sensibility, Persuasion, Emma
Jane Austen (Steventon, 16 de dezembro de 1775Winchester, 18 de julho de 1817) foi uma proeminente escritora inglesa. A ironia que utiliza para descrever as personagens de seus romances a coloca entre os clássicos, haja vista sua aceitação, inclusive na atualidade, sendo constantemente objeto de estudo acadêmico, e alcançando um público bastante amplo.[1]
Nascida em Steventon, Hampshire, de uma família pertencente à burguesia agrária, sua situação e ambiente serviram de contexto para todas as suas obras, cujo tema gira em torno do casamento da protagonista. A inocência das obras de Austen é apenas aparente, e pode ser interpretada de várias maneiras. Os meios acadêmicos a têm considerado uma escritora conservadora, apesar de a crítica feminista atual reconhecer em suas obras uma dramatização do pensamento de Mary Wollstonecraft sobre a educação da mulher.

Índice

 Biografia

Jane Austen nasceu em 16 de dezembro de 1775, em Steventon, Hampshire, Inglaterra, sendo a sétima filha do reverendo George Austen, o pároco anglicano local, e de sua esposa Cassandra (cujo nome de solteira era Leigh). O reverendo Austen era uma espécie de tutor, e suplementava os ganhos familiares dando aulas particulares a alunos que residiam em sua casa. A família era formada por oito irmãos, sendo Jane e sua irmã mais velha, Cassandra, as únicas mulheres. Cassandra e Jane eram confidentes, e hoje se conhece uma série de cartas de sua correspondência.
Em 1783, Jane e Cassandra foram para a casa da Sra. Cawley, em Southampton, para prosseguir a educação sob sua tutela; porém tiveram que regressar para casa, devido a uma enfermidade infecciosa em Southampton. Entre 1785 e 1786, ambas foram alunas de um internato em Reading, lugar que pode ter inspirado Jane para descrever o internato da Sra. Goddard, que aparece no romance Emma. A educação que Austen recebeu ali foi a única recebida fora do âmbito familiar. Por outro lado, sabe-se que o reverendo Austen tinha uma ampla biblioteca e, segundo ela mesma conta em suas cartas, tanto ela quanto sua família eram "ávidos leitores de romances, e não se envergonhavam disso". Assim como lia romances de Fielding e de Richardson, lia também Frances Burney. O título de Orgulho e Preconceito, por exemplo, foi retirado de uma frase dessa autora, no romance Cecilia.
Entre 1782 e 1784, os Austen fizeram representações teatrais na reitoria de Steventon, que entre 1787-1788 foram mais elaboradas graças à colaboração de sua prima, Eliza de Feuillide, (a quem dedicou Love and Freindship). Nos anos posteriores a 1787, Jane Austen escreveu, para o divertimento de sua família, Juvenilia, que inclui diversas paródias da literatura da época. Entre 1795 e 1799 começou a redigir as primeiras versões dos romances que se publicariam sob os nomes Sense and Sensibility, Pride and Prejudice e Northanger Abbey (que antes se intitulavam Elinor and Marianne, First Impressions, e Susan, respectivamente). Provavelmente, também escreveu Lady Susan nesta época. Em 1797, seu pai quis publicar Orgulho e Preconceito, mas o editor recusou.
Não há provas de que Jane foi cortejada por ninguém, apesar de um breve amor juvenil com Thomas Lefroy (parente irlandês de uma amiga de Austen), aos 20 anos. Em janeiro do ano seguinte, 1796, escreveu a sua irmã dizendo que tudo havia terminado, pois ele não podia casar por motivos econômicos. Pouco depois, uma tia de Lefroy tentou aproximar Jane do reverendo Samuel Blackall, mas ela não estava interessada.
Em 1800, seu pai decidiu mudar-se para Bath, cidade que Jane não apreciava muito. Nessa época, a família costumava ir à costa todos os verões, e foi em uma dessas viagens que Jane conheceu um homem que se enamorou dela. Quando partiu, decidiram voltar a se ver, porém ele morreu. Tal fato não aparece, porém, em nenhuma de suas cartas, mas foi escrito muitos anos depois, e não se sabe o quanto esse namoro possa ter afetado Austen, ainda que alguns o considerem inspiração para a obra Persuasion.
Em dezembro de 1802, estando Jane e Cassandra com a família Bigg, perto de Steventon, Harris Bigg-Wither pediu Jane em casamento, e ela consentiu. Provavelmente, rompeu o compromisso no dia seguinte, e foi com Cassandra para Bath. Cassandra se havia comprometido com Thomas Fowle, que morreu de febre amarela no Caribe em 1797. Thomas Fowle não tinha condições financeiras para se casar, e o compromisso vinha sendo adiado desde 1794; havia ido ao Caribe como militar, justamente para conseguir dinheiro. Nem Jane, nem Cassandra Austen se casaram.

Residência da família Austen em Chawton, onde Jane passou os últimos oito anos de sua vida (hoje um museu).
Em 1803, Jane Austen conseguiu vender seu romance Northanger Abbey (então intitulado Susan) por 10 libras esterlinas, apesar de o livro ter sido publicado somente 14 anos depois. É possível, também, que nessa ocasião tenha começado a escrever The Watsons, logo abandonando a ideia.
Em janeiro de 1805, morreu seu pai, deixando a esposa e as filhas em situação economicamente precária, e elas passaram a depender de seus irmãos e da pequena quantia que Cassandra herdara de seu prometido.
Em 1806 os Austen se mudaram para Southampton, perto da marina de Portsmouth, o que permitia a eles visitar frequentemente seus irmãos Frank e Charles, que serviam na marinha, chegando a almirantes.
Em 1809 se mudaram para Chawton, perto de Alton e Winchester, onde seu irmão Edward podia abrigá-las em uma pequena casa dentro de uma de suas propriedades. Esta casa tinha a vantagem de ser em Hampshire, o mesmo condado de sua infância. Uma vez instaladas, Jane retomou suas atividades literárias revisando Sense and Sensibility, que foi aceita por um editor em 1810 ou 1811, apesar de a autora assunir os riscos da publicação. Foi publicado de forma anônima, em outubro, como pseudônimo: "By a Lady". Segundo o diário de Fanny Knight, sobrinha de Austen, esta recebeu uma "carta da tia Cass pedindo que não fosse mencionado que a tia Jane era a autora de Sense and Sensibility".[2] Teve algumas críticas favoráveis, e se sabe que os lucros para Austen foram de 140 libras esterlinas.

 Carreira literária

Animada pelo êxito de Sense and Sensibility, a autora tentou publicar também Pride and Prejudice, que foi vendido em novembro de 1812 e publicado em janeiro de 1813. Ao mesmo tempo, começou a trabalhar em Mansfield Park. Em 1813, a identidade da autora de Pride and Prejudice começou a difundir-se, graças à poupularidade da obra e à indiscrição da família. Nesse mesmo ano foi publicada a 2ª edição de suas obras, e em maio de 1814 surgiu Mansfield Park, obra da qual se venderam todos os exemplares em seis meses, e Austen começou a trabalhar em Emma.
Era seu irmão Henry, que vivia em Londres, quem se encarregava de negociar com os editores, e quando Jane ia a Londres se hospedava em sua casa. Em 1813, Henry Austen foi tratado pelo Sr. Clarke, médico do príncipe Regente, o qual, ao descobrir que Austen era a autora de Pride and Prejudice e Sense and Sensibility, obras que apreciava muito, pediu a este que solicitasse a Henry que o romance seguinte da autora fosse a ele dedicado. É possível que tal pedido tenha demorado a chegar até ela, pois em suas cartas não guardava uma boa opinião sobre os príncipes, devido às suas conhecidas infidelidades.[3]
Em Chawton, Austen não tinha a mesma privacidade que em Steventon, e é bastante famosa a anedota narrada por James Austen-Leigh, acerca da porta “chiante” que Austen solicitou que não fosse reparada, pois a avisava antecipadamente da chegada de algum visitante, para esconder o manuscrito que escrevia.
Em dezembro de 1815 foi publicada Emma, dedicada ao príncipe regente e, no ano seguinte, uma nova edição de Mansfield Park. A segunda não teve o êxito das obras anteriores, e as perdas desquilibraram os ganhos da primeira edição.

 Morte

Austen começou Persuasion em agosto de 1815, mas um ano depois começou a se sentir mal. No início de 1817 começou Sanditon, porém teve que abandonar a obra por seu estado de saúde. Para receber tratamento médico foi levada a Winchester, onde faleceu em 18 de julho de 1817.
Suas últimas palavras foram: "Não quero nada mais que a morte".[4] Tinha 41 anos.
Em seu testamento, legou tudo o que tinha para sua irmã Cassandra. Na época, não se sabia a causa de sua morte; hoje, considera-se que foi Doença de Addison. Está enterrada na Catedral de Winchester.
O epitáfio, na catedral de Winchester, não menciona que foi a autora de seus conhecidos romances. Em 1872, depois que James Edward Austen-Leigh publicou suas Memórias, foi colocada uma nova placa explicando sua condição de escritora e salientando: "She opened her mouth with wisdom and in her tongue is the law of kindness" ("Ela abriu sua boca com sabedoria e em sua língua reside a lei da bondade").

 Legado


Retrato a óleo de Jane Austen, feito em 1875, de autor desconhecido, baseado na aquarela feita pela irmã em 1810.
Seus romances Persuasion e Northanger Abbey foram preparados para publicação por Henry Austen, e foram publicadas em 1817, em uma edição combinada de quatro volumes. Da mesma forma que nas obras anteriores, seu nome não consta, mas é citado apenas que se trata da mesma autora das outras obras, e traz uma "nota biográfica sobre o autor", anunciando sua morte.
O único retrato da escritora considerado autêntico é um desenho realizado para ilustrar as Memórias de Austen-Leigh, uma reinterpretação realizada na era vitoriana de um desenho de sua irmã. Atualmente, o desenho está na National Gallery de Londres. A partir deste, foram criadas todas as variações de retratos de Jane Austen que podemos encontrar hoje em dia.
Na British Library, também em Londres, pode-se encontrar uma caderneta presenteada por seu pai, ilustrada por Cassandra, sua irmã, onde Jane escreveu suas primeiras histórias. Também se encontram ali manuscritos dos últimos capítulos de “Persuasión”, e um pequeno escritório em madeira.
Existem dois museus dedicados a Jane Austen. O "Jane Austen Centre", em Bath, é um museu público situado em uma casa georgiana em Gay Street, a alguns metros do número 25, onde residiu Austen em 1805. O outro, "Jane Austen's House Museum", na cabana de Chawton, em Hampshire, lugar onde viveu a escritora de 1809 até 1817.

 Histórico social na época de Jane Austen

O período britânico de Regência compreende a regência de Jorge IV como Príncipe de Gales, durante a enfermidade de seu pai, Jorge III, e constitui uma ponte entre o período georgiano e o vitoriano.
Jane Austen viveu na época da regência, porém sua obra literária se caracteriza por descrever com mais precisão a sociedade rural georgiana e não tanto as mudanças sofridas com a chegada da modernidade. Essa mudança se baseia em dois fatores externos fundamentais: por um lado, a revolução agrária, que constitui o começo da revolução industrial, e suas importantes repercussões sociais; por outro lado, o colonialismo, as Guerras Napoleônicas e a extensão do Império Britânico.
Com o advento da industrialização, a antiga ordem hierárquica que situava em alta posição a nobreza e seus bens sofreu um processo de mudança, surgindo novas formas de adquirir riquezas. A revolução agrária havia provocado um incremento na população inglesa, que por sua vez impulsionou a economia para atender a demanda. Pela primeira vez na história da Grã-Bretanha, a população se sustentava, graças às inovações introduzidas nas técnicas de cultivo. Em decorrência disso, uma classe social até então minoritária começou a se fazer notar e ganhar importância: a alta burguesia agrária. A população inglesa iniciou um êxodo do campo para a cidade, buscando emprego na indústria e isso incorreu num novo conceito de valores, independente das velhas tradições.
No início da era victoriana, a antiga hierarquia e o que ela representava haviam se tornado antigos. Por outro lado, as Guerras Napoleônicas (1804–1815) abriram outro tipo de profissão, no exército, que nos anos seguintes continuou em alta, devido à expansão do colonialismo; ademais, apareceram heróis nacionais, como o Duque de Wellington, e Lord Nelson, o que outorgava certo romantismo à profissão.
A era georgiana se caracterizou, também, pelas mudanças sociais no aspecto político. Foi a época das campanhas para a abolição da escravatura, da reforma das prisões e das críticas à ausência de uma justiça social. Foi também a época em que os intelectuais começaram a defender políticas de bem-estar social, e se construíram orfanatos, hospitais e escolas dominicais.

 Literatura na época georgiana

Na literatura, a época georgiana se caracterizou pelo ressurgimento do romance e pela discussão se esse era realmente um gênero literário e de qualidade.
De acordo com Ian Watt, no ensaio The Rise of the Novel, o renascimento do romance ou novela está intrinsecamente enlaçado com o florescimento da classe média, que, diferentemente da nobreza, não havia sido educada com os clássicos, não conhecia o latim, nem o grego, e tampoco compartilhava o interesse pelos temas das literaturas clássicas.[5] Outro fator importante era que a imprensa havia tornado possível a adquisição de livros pelas classes mais pobres; o número de livros publicados cresceu, permitindo um incremento no número de escritores profissionais. Assim, um novo tipo de leitores propiciou um novo tipo de literatura.
Sem dúvida, uma das críticas que atualmente se faz a Watt é a exclusão das escritoras de romances e novelas em sua descrição dos séculos XVIII e XIX. Hoje se reconhece que mais da metade dos autores durante esta época eram mulheres que, através da escrita, conseguiam certa independência econômica. Não obstante, a qualidade da maioria dessas obras deixava muito a desejar, pois era plena de tópicos e clichês de linguagem e de personagens, herança da literatura gótica. No caso de Austen, ela defende o romance como gênero de qualidade, introduzindo discussões sobre a literatura praticamente em todas as suas obras, e criticando as obras de segunda categoria, como na paródia “Northanger Abbey”.[6]

 A educação da mulher

Durante a época de Jane Austen não existia um sistema de educação propriamente dito, e a educação das crianças era feita nas escolas dominicais, ou, no caso das famílias mais abastadas, através de tutores. Por outro lado, existiam algumas "escolas para damas", que tinham má reputação, pois ofereciam uma educação deficiente. Também era comum mandar os filhos homens para viver na casa de um tutor, como o era o pai de Jane Austen. Crescendo nessa casa, pode-se supor que a autora foi uma mulher bastante instruída para seu tempo.[7]
O tratado de educação mais relevante para a época era o Emilio de Rousseau, que tem suas bases no Iluminismo. Rousseau propunha que todos os males de sua época se originavam na própria sociedade, e que a única alternativa era provocar uma transformação no homem através da educação; uma educação que o permitisse libertar-se da corrupção que provoca a sociedade. A influência do Iluminismo fez com que se começasse a criar um sistema educativo fundamentado na razão. Sem dúvida, tanto em Rousseau, como em muitos outros pensadores do Iluminismo, a mulher estava excluída dessa necessidade educativa. Como exemplo, em Emilio se faz referência à educação da mulher através da sugestão para Sofía, a mulher destinada a casar-se com Emilio: a mulher deve ser educada para cumprir suas funções de esposa e mãe, e obedecer a seu marido.[8] Sendo assim, não é de se estranhar que numerosos tratados de conduta para mulheres jovens se popularizaram no século XVIII, ensinando doutrinas morais e enfocando a educação em aspectos domésticos, religião e "talentos", e separando-as de outros conhecimentos, que a tornariam pouco desejável aos olhos masculinos.
Há muitas passagens na obra de Jane Austen dedicadas aos "talentos", porém se há algo que todas as obras têm em comum é que nenhuma de suas heroínas está muito interessada por eles. Por talentos, então, se pode entender as diferentes habilidades que uma mulher que busca marido deve cultivar para atrair a atenção dele.[9]
"Acho incrível", diz Bingley, "como todas as jovens têm tanta paciência para cultivar todos esses talentos". (…) "Todas pintam, forram biombos e fazem bolsas. Não conheci uma que não saiba fazer tudo isso, e estou seguro de que jamais me falaram de uma jovem pela primeira vez sem referir-se a quão talentosa ela era". (…) "Uma mulher deve ter um amplo conhecimento de música, canto, desenho, dança, e línguas modernas para merecer essa palavra (talentosa); e, aparte de tudo isso, deve haver algo em seu ar e em sua maneira de andar, no tom de sua voz, em sua forma de relacionar-se com as pessoas, e em sua expressão que, se não for assim, não merecerá completamente a palavra".
Jane Austen, Pride and Prejudice
Jane Austen advoga, em seus romances, por uma educação liberal para a mulher, independente de todos esses "talentos", pois considera a falta de sensatez um grande risco para a vida social, para a escolha de um futuro favorável, e para a convivência conjugal.

 Formação como escritora


Jane Austen retratou com toques de ironia os costumes da sociedade de sua época.
Torna-se difícil precisar o momento em que Jane Austen começou a escrever. A existência de cadernos de notas contendo relatos assinala que o talento despertou em tenra idade. Em 1791, aos 16 anos, já dispunha de um bom número de exemplares armazenados; seus primeiros trabalhos se caracterizam por ser de uma extensão ligeiramente inferior às suas obras mais maduras, e por estarem em um inglês mais simples, fácil e livre de ornatos próprios de muitos escritores.[10]
Sendo de uma família que promovia a aprendizagem, a leitura e as letras, Austen desenvolveu um talento especial que a levou ao desejo de compor textos, sempre representando neles os valores familiares que ela achava importantes.
Em sua concepção de educação, tal como expressou em seus romances, o modelo dos pais exemplares era suficiente para moldar a boa conduta dos filhos. Não acreditava estritamente na figura de tutor, tão comum na época, para criar as crianças, e assim o manifestou nas palavras de Elizabeth, a protagonista de Pride and Prejudice: "Não temos tutor, fazemos tudo por nós mesmos" (comentário dirigido à Lady Catherine de Bourgh, que reage surpresa). É evidente que Austen, apesar de seu isolamento literário, não era alheia às tendências de seu tempo, e assim o revela em suas obras, sobretudo com relação à figura feminina. Também em Pride and Prejudice, surge um debate entre os personagens, quando Elizabeth discute com Mr Darcy, Mr e Miss Bingley, e Mrs Hurst em Netherfield, sobre o que comumente era o protótipo de dama ideal. Para a aristocracia, um bom modelo era o de uma mulher culta, que saiba falar idiomas modernos, que entenda de música, de estilo, de vários temas, e que tenha certo carisma e expressão que a favoreçam. Frente a isso, Elizabeth põe em dúvida se existe uma mulher capaz de ter todas essas qualidades ao mesmo tempo, ao que responde: “Não duvido que conheçais apenas uma dezena; duvido que conheçais alguma”.

 Obras de Jane Austen

Ver página anexa: Anexo:Obras de Jane Austen

 Ver também

 Notas e referências

  1. “Jane Austen”, Gary Kelly, en Dictionary of Literary Biography, Volume 116: British Romantic Novelists, 1789-1832.. Pode encontrar-se aqui.
  2. Cartas de Jane Austen, edição de Brabourne em.
  3. Opiniões de Jane Austen sobre as infidelidades do príncipe e sua esposa [1]
  4. Biography of Jane Austen (1818), escrita por seu irmão Henry Austen. John Murray. Londres. Reimpressa em 1833.
  5. The Rise of the Novel, Ian Watt
  6. Jane Austen, Meenakshi Mukherjee, na coleção Women Writers, Macmillan education LTD, 1991
  7. Jane Austen, Meenakshi Mukherhee, na coleção Women Writers, Macmillan education LTD, 1991
  8. Emilio, ou Da Educação. Jean-Jacques Rousseau, Alianza editorial, ISBN 84-206-3504-9
  9. [Republic of Pemberley, página completa sobre Jane Austen http://www.pemberley.com/janeinfo/pptopic2.html#educrev]
  10. A Memoir of Jane Austen por J. E Austen-Leigh, 2ª edición. Londres: Bentley, 1871

 Ligações externas

Wikiquote
O Wikiquote possui citações de ou sobre: Jane Austen
Commons
O Commons possui multimídias sobre Jane Austen

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

PEDRA DO FRADE LAGUNA SC

LOCALIZADA NA EXTREMIDADE DA PRAIA DO GI , DESAFIA A LEI DA GRAVIDADE AO SUSTENTAR-SE SOBRE UMA SUPERFÍCIE INCLINADA.
PEDRA DO FRADE LAGUNA SC
ESSA FORMAÇÃO ROCHOSA DE NOVE METROS DE ALTURA E CINCO METROS DE DIÂMETRO RECEBEU O NOME PELA SEMELHANÇA COM UM PADRE FRANCISCANO. ESTUDIOSOS RELATAM DUAS HISTÓRIAS SOBRE O MONUMENTO : A PRIMEIRA DIZ QUE A PEDRA DO FRADE FOI COLOCADA ESTRATEGICAMENTE PELOS ÍNDIOS PRÉ-HISTÓRICOS QUE HABITAVAM A REGIÃO HÁ  3 MIL ANOS. A OUTRA , MAIS CONHECIDA, APONTA A PEDRA DO FRADE COMO O MARCO OFICIAL DO TRATADO DE TORDESILHAS , ACORDO ASSINADO  ENTRE PORTUGAL E ESPANHA, EM 1494 , FOI CONSIDERADO O PRIMEIRO CARTÃO  DO BRASIL.

Farol de Santa Marta

 

Farol de Santa Marta
Farol de Santa Marta
'
LocalizaçãoLaguna, SC, Brasil
Coordenadas28° 36′ S 48° 48′ W
Construção1891
Inauguração11 de Junho de 1891
Altura29 m
Altitude74 m
Óticahiper-radiante de Fresnel
Alcance luminosoR 39 W 46 milhas náuticas
CaracterísticasOc(3) WR 30s
№ Nacional3956
internacionalG-0600
№ da NGA18920[1]
№ da ARLHSBRA-032
O Farol de Santa Marta, localiza-se no cabo de mesmo nome, em Laguna, no Estado de Santa Catarina, no Brasil.[2]
Torre quadrada em pedra, com lanterna e galeria, elevando-se de um grupo de casas térreas de faroleiros e de outros edifícios. Todo o farol pintado de branco; os telhados dos outros edifícios são vermelhos.
Além de ser localizado no ponto mais oriental da região, o farol serviu durante esses anos para guiar as embarcações para longe da famosa Pedra (ou Parcel) do Campo Bom - que, apesar disso, chegou a causar alguns naufrágios.

 

 Características

No topo de um morro, num pequeno promontório, a 45 metros acima do nível do mar, está localizado o Farol, a maior atração local. Com 29 metros de altura, é um dos mais potentes do Brasil em alcance e serve como guia para os navios que se aproximam do Cabo. No período noturno, a iluminação do Farol chama a atenção.
O seu alcance é de quarenta e seis milhas náuticas (setenta e quatro quilômetros).

 Hiper-radiante de Fresnel

Possui uma ótica hiper-radiante de Fresnel de 1 330 mm de distancia focal, do construtor francês Barbier & Bénard, a única no Brasil e uma das poucas ainda em funcionamento em todo o mundo. No Brasil existem ainda outras duas óticas deste tipo, mas de ordem inferior, meso-radiantes, de 1 125 mm de distancia focal, no Farol de Abrolhos, estado da Bahia, e no Farol da Ilha Rasa, no Rio de Janeiro. Estas duas lentes são as únicas meso-radiais construídas no mundo, que se tenha conhecimento. São maiores que as lentes de 1ª Ordem (920 mm), mas menores que as Hiper-radiantes (1 330 mm).[3]

 Balizamento Aeronáutico (Rádiofarol)

O Farol de Santa Marta possui Auxilío de Rádiofarol NDB (Non-Directional Beacon) para balizamento aeronáutico . Com a frequência de 310 kHz e identificada com a sigla SW (Cabo de Santa Marta) nas cartas aeronáuticas. Faz o balizamento da aerovia W14 (FL070/FL245) ligando as TMA's (terminais aeroportuarias) de Porto Alegre (POA) e Florianópolis (FLN).

 História

Projetado pelos franceses Barbier Bernard e Turenne, e inaugurado em 11 de Junho de 1891, foi erguido com pedra, areia, barro e óleo de baleia.

 Atrações

Localizado no município de Laguna, o Cabo de Santa Marta é uma das praias com melhor visual de Santa Catarina. Os turistas costumam apreciar a beleza na areia da Prainha, tranqüila e muito freqüentada por surfistas.
Além do Farol e a Capela localizado ao seu lado, próximo a Prainha existem enormes sambaquis, sítios arqueológicos onde as populações pré-históricas usavam como depósito de resíduos. As outras praias do Cabo de Santa Marta são a de Cardoso, a Cigana e a Praia Grande. Na Cigana, pode-se praticar sand board nas dunas. Todas são indicadas para banho e surfe.
Saindo do Farol para o centro de Laguna, encontra-se dois museus em homenagem a uma grande personalidade da cidade, Anita Garibaldi. Um dos museus, que era sua casa, conta a história da brava Anita na Guerra dos Farrapos e também na Itália.

 Surfe

O Cabo de Santa Marta possui 11 praias em que o surf é praticado, como segue: Cigana - Direitas e esquerdas perfeitas com fundo de areia; Cardoso - Direitas e esquerdas quilométricas, famoso por suas ondas nos grandes swells; Praia do Meio - Pequena praia no coração do Farol de Santa Marta, muito badalada entre os surfistas nativos; Santa Marta Grande - No lado sul é chamada de Mocó, onde rolam as direitas com vento sul, ao norte é chamada de Santa Marta, onde rolam ondas com vento nordeste, e situa-se ao lado do Morro da Galheta; Praia da Galheta - Direitas e esquerdas perfeitas para ondulação de até 2,0 metros; Ipuã - Praia onde as ondas rolam com vento nordeste, possui uma laje de pedra submersa que favorece a qualidade desta onda; Praia da Teresa - Pequena praia com costão de pedra nos dois lados onde as direitas rolam sem fim nos dias bons; Siriú - Praia menor que a da Teresa e situada entre esta e a Praia do Gravatá, é pouco procurada pelos surfistas; Gravatá - Praia onde só se chega após 30 minutos de caminhada entre a vegetação nativa e as dunas, é pequena com fundo de areia e costão de pedra onde quebram as ondas com vento nordeste; Prainha - Do lado direito dos Molhes de Laguna está situada a última praia surfável no Cabo de Santa Marta, é bem pequena e as ondas quebram junto aos molhes, mas com as obras de ampliação do mesmo esta onda perdeu sua qualidad Boemia
A noite do Farol de Santa Marta é agitada. Com bares que tocam reggae, hip-hop, sambarock, etc. tem opções de sinuca e vídeos de surfes

IGREJA MATRIZ SANTO ANTÔNIO DOS ANJOS LAGUNA SC

Construída em 1696 sob a ordem de Domingos de Brito Peixoto, a inicialmente Capela de Santo Antônio dos Anjos deu origem ao altar-mor e posteriormente à Igreja Matriz Santo Antônio dos Anjos, dedicada ao padroeiro da cidade. Edificada em estilo barroco, com quatro altares laterais folheados a ouro, na construção há a Capela do Santíssimo, considerada como o mais belo altar da arquitetura de Santa Catarina. As imagens que decoram o local são peças artísticas, esculpidas em madeira e decoradas com ouro. Após uma reforma, a igreja reabriu em 2003 com uma relíquia: um pedaço da pela de Santo Antônio, trazida de Padova, Itália.


Foto: Igreja Matriz Santo Antônio dos Anjos de Laguna - SC

Endereço
Praça Vidal Ramos – Centro Histórico


Foto: Interior da Igreja Matriz Santo Antônio dos Anjos - Laguna - SC


Foto: Igreja Matriz Santo Antônio dos Anjos vista do Morro da Glória de Laguna - SC

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

CASA PINTO D'ULYSSÉA ACERVO WOLFGANG LUDWIG RAU


www.laguna.sc.gov.br
ACERVO RAU

ACERVO RAU

CASA PINTO D" ULYSSÉA FUNDOS

CASA PINTO D' ULYSSÉA LOCALIZAÇÃO DO ACERVO RAU

CASA PINTO D' ULYSSÉA JARDIM

ANITA GARIBALDI ( RS)

CASA PINTO D' ULYSSÉA

ACERVO RAU 2011

ACERVO RAU

JARDIM DA CASA PI NTO D' ULYSSÉA

ANITA E GARIBALDI ATRAÇÃO PARA TURÍSTA

INTERIOR DA CASA DEPOIS DA REVITALIZAÇÃO

JARDIM DA CASA FUNDOS

ACERVO RAU

ACERVO RAU

ACERVO RAU

ACERVO RAU

ACERVO RAU

ACERVO RAU

ACERVO RAU

ACERVO RAU
DIVERTIMENTO PARA TURÍSTA BATER FOTO .

JARDIM DA CASA

CASA PINTO D' ULYSSÉA JARDIM

DIVERSÃO PARA TURÍSTA ( FOTO )

JARDIM DA CASA

INTERIOR DA CASA DEPOIS REVITALIZAÇÃO

ANITA

BOI DE MAMÃO
Construída em 1867, a casa foi revitalizada e será reinaugurada dia 30 de agosto, às 15h, nas dependências da Casa, com apresentação do boi de mamão do Programa Peti Criança Feliz e do Grupo Folclórico Casa da Dindinha, de Ribeirão Pequeno.