WOLFGANG LUDWIG RAU ACERVO "COLETÂNEA GARIBALDINA" CASA PINTO D'ULYSSÉA AO LADO DA FONTE DA CARIOCA PREFEITURA MUNICIPAL DE LAGUNA. FUNDAÇÃO LAGUNENSE DE CULTURA .
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
COMO ERA A VIDA...
Em 1830 Anita estava com nove anos segundo alguns, dez,segundo outros. Sua mãe já notava que, decididamente, aquela sua filha não era sequer parecida com alguma de suas outras quatro filhas: Felicidade. Manuela, Bernadina e Antônia. Já desconfiara de daria mais trabalho até mesmo que seus filhos : Manoel. João,Salvador e Francisco. Sua mãe chamava-se Maria Antônia de Jesus e era conhecida como Maria Bento por ter se casado com o tropeiro, possivelmente curitibano , Bento Ribeiro da Silva, Chico Bentão ou Bentão, como lhe chamavam os moradores dos arredores de Lages.
Filha de pais Portugueses , a mãe de Anita, para seguir a tradição lusa, casaria as filhas cedo. Anita pensava ela , o mais cedo que pudesse.
Ninguém imaginaria que na França, depois de um retrocesso terrível e da população indignida ver novamente os Bourbons no trono, cerrando as portas dos jornais,assassinando pessoas da oposição e restringindo toda a liberdade, finalmente a burguesia tinha achado um meio termo que calasse as ambições populares com mãos enluvadas e servisse aos seus interesses tão bem: Um rei constitucional !
Não passava pela cabeça de Anita e de sua família, que pautavam o seu dia no trabalho e na sobrevivência, que isso encheria de júbilo a Itália, os mazzinianos do movimento jovem Itália e , dentre eles,Garibaldi . A Europa vivia, desde a completa derrota de Napoleão, num estado mórbito.
A Santa Aliança, união dos países que se encarregara de abolir Napoleão do cenário político, havia feito um mapa "sui-generis " para o continente , conforme o desejo, o interesse e a rapidez do interlocutor. As terras disponíveis foram distribuídas, levando em conta o grau de parentesco dos interessados, não importando o que pensassem as pessoas que nelas vivessem.
Assim, sem o conhecimento de Anita, a Itália foi dividida em sete pedaços . A Aústralia tinha o Tirol, parte da Lombárdia, Venesa e a Dalmácia. Os Estados Pontifícios agruparam para si o poder econômico, espiritual e temporal sobre 44 distritos e 626 comunas ao redor de Roma . Os reino de nápolis, da Sardenha, os ducados de Parma, Modena e Toscana viviam em constantes brigas entre si sobre questões de terra , além de , por vezes , surgir algum governante nascido em Madagaskas para reorganizar, sob moldes árabes, , toda a burocrasia. Isto é, dependiam dos Congressos de Viena, sede do então ímperio austro-húngaro, e da boa veia da Santa Aliança que não houvesse maiores disparates com as fronteiras. Anoitecendo um italiano e amanhecendo um cidadão russo. Esse era o meio que a nobreza tinha para deixar enfraquecido o sentimento nacional que brotava em cada pessoa do povo. A revolução de 1789 tinha feito um país e isso ninguém esquecia. Todos poderiam ter seu país, sua língua , suas tradições, sua cultura e religião. Isso fazia com que , embora os esforços da nobreza , se proliferassem as sociedades secretas e Mazzini um republicano um ideólogo da unificação italiana , tivesse as atenções da " bota " voltadas para seu jornal , seus discursos e palestras .
Anita , mesmo depois , quando esteve na Itália, não teve ter entendido o caráter de classe do senhor Mazzini ; se ele dave um sentido pequeno-burguês para a sua luta , ou burguês, ou operário. Interessava a ela, perfeitamente identificada com o seu amado Garibaldi eo povo italiano , que seus ducados, suas cidades-estados, seus principados , seus estados , emfim, que tudi aquilo e mais um pouco, se unissem formando um só país e que à sorte desse país fosse traçada por pessoas nele nascidas , sem a ainterferência do mau-humor de Alexandre da Rússia , ou da diarréia que poderia se abater a qualquer momento ao senhor supremo do ímperio austro-húngaro.
Depois de participar de uma frustada tentativa de levantar em Pielmonte. Garibaldi teve sua cabeça a premio pelo governo Austríano. Já exilado na França. ele tenta trabalhar em navio mercantes por algum tempo, mas o navio e a falta de contato e perspectivas, para que novamente houvesse alguma possibilidade de participação na luta , já que o movimento estava se reorganizando, fazem Garibaldi decidir pela vinda ao Brasil . Muitos de seus patrícios, também proibidos de pisar em solo italiano, já tinham vindo . Ele os seguiria, então .
Anita sequer sonhou no dia que Garibaldi saiu embarcado na fragata Nautionnier, como imediato. Ela tinha então quinze anos e convivia com o sapateiro Manuel Duarte Aguiar, 26 anos , com quem havia se casado, trinta de agosto de 1935, em Laguna. Sua mãe , já viúva em paz desde que encaminhara a filha mais nova. Mal sabia ela que, num navio francês, vinha aquele homem dos olhos atlânticos e que hipnotizaria a filha , transformando-a na prostituta à qual Laguna tudo faria para raspar a cabeça. E anos, muitos anos mais tarde, para redimi-la, colegias discretas, na aula de música do colégio público, aprenderiam a cantar um singelo ( para não dizer medíocre ) hino em sua homenagem, repetindo-o nas inaugurações que a cidade faria lembrando seu nome . E Laguna , orgulhsíssima, seria conhecida nos catálogos históricos como berço da mulher que, em épocas remotas e devidamente esquecidas , tanto odiara e que se convencionou chamar " heroína de dois mundos " .
Tirado do livro Anita Garibaldi " A paixão .O ciúme. As angústias de uma guerreira. Única mulher a entrar na história farropilha ". MARÔ SILVA . Coleção esses Gaúchos.
Filha de pais Portugueses , a mãe de Anita, para seguir a tradição lusa, casaria as filhas cedo. Anita pensava ela , o mais cedo que pudesse.
Ninguém imaginaria que na França, depois de um retrocesso terrível e da população indignida ver novamente os Bourbons no trono, cerrando as portas dos jornais,assassinando pessoas da oposição e restringindo toda a liberdade, finalmente a burguesia tinha achado um meio termo que calasse as ambições populares com mãos enluvadas e servisse aos seus interesses tão bem: Um rei constitucional !
Não passava pela cabeça de Anita e de sua família, que pautavam o seu dia no trabalho e na sobrevivência, que isso encheria de júbilo a Itália, os mazzinianos do movimento jovem Itália e , dentre eles,Garibaldi . A Europa vivia, desde a completa derrota de Napoleão, num estado mórbito.
A Santa Aliança, união dos países que se encarregara de abolir Napoleão do cenário político, havia feito um mapa "sui-generis " para o continente , conforme o desejo, o interesse e a rapidez do interlocutor. As terras disponíveis foram distribuídas, levando em conta o grau de parentesco dos interessados, não importando o que pensassem as pessoas que nelas vivessem.
Assim, sem o conhecimento de Anita, a Itália foi dividida em sete pedaços . A Aústralia tinha o Tirol, parte da Lombárdia, Venesa e a Dalmácia. Os Estados Pontifícios agruparam para si o poder econômico, espiritual e temporal sobre 44 distritos e 626 comunas ao redor de Roma . Os reino de nápolis, da Sardenha, os ducados de Parma, Modena e Toscana viviam em constantes brigas entre si sobre questões de terra , além de , por vezes , surgir algum governante nascido em Madagaskas para reorganizar, sob moldes árabes, , toda a burocrasia. Isto é, dependiam dos Congressos de Viena, sede do então ímperio austro-húngaro, e da boa veia da Santa Aliança que não houvesse maiores disparates com as fronteiras. Anoitecendo um italiano e amanhecendo um cidadão russo. Esse era o meio que a nobreza tinha para deixar enfraquecido o sentimento nacional que brotava em cada pessoa do povo. A revolução de 1789 tinha feito um país e isso ninguém esquecia. Todos poderiam ter seu país, sua língua , suas tradições, sua cultura e religião. Isso fazia com que , embora os esforços da nobreza , se proliferassem as sociedades secretas e Mazzini um republicano um ideólogo da unificação italiana , tivesse as atenções da " bota " voltadas para seu jornal , seus discursos e palestras .
Anita , mesmo depois , quando esteve na Itália, não teve ter entendido o caráter de classe do senhor Mazzini ; se ele dave um sentido pequeno-burguês para a sua luta , ou burguês, ou operário. Interessava a ela, perfeitamente identificada com o seu amado Garibaldi eo povo italiano , que seus ducados, suas cidades-estados, seus principados , seus estados , emfim, que tudi aquilo e mais um pouco, se unissem formando um só país e que à sorte desse país fosse traçada por pessoas nele nascidas , sem a ainterferência do mau-humor de Alexandre da Rússia , ou da diarréia que poderia se abater a qualquer momento ao senhor supremo do ímperio austro-húngaro.
Depois de participar de uma frustada tentativa de levantar em Pielmonte. Garibaldi teve sua cabeça a premio pelo governo Austríano. Já exilado na França. ele tenta trabalhar em navio mercantes por algum tempo, mas o navio e a falta de contato e perspectivas, para que novamente houvesse alguma possibilidade de participação na luta , já que o movimento estava se reorganizando, fazem Garibaldi decidir pela vinda ao Brasil . Muitos de seus patrícios, também proibidos de pisar em solo italiano, já tinham vindo . Ele os seguiria, então .
Anita sequer sonhou no dia que Garibaldi saiu embarcado na fragata Nautionnier, como imediato. Ela tinha então quinze anos e convivia com o sapateiro Manuel Duarte Aguiar, 26 anos , com quem havia se casado, trinta de agosto de 1935, em Laguna. Sua mãe , já viúva em paz desde que encaminhara a filha mais nova. Mal sabia ela que, num navio francês, vinha aquele homem dos olhos atlânticos e que hipnotizaria a filha , transformando-a na prostituta à qual Laguna tudo faria para raspar a cabeça. E anos, muitos anos mais tarde, para redimi-la, colegias discretas, na aula de música do colégio público, aprenderiam a cantar um singelo ( para não dizer medíocre ) hino em sua homenagem, repetindo-o nas inaugurações que a cidade faria lembrando seu nome . E Laguna , orgulhsíssima, seria conhecida nos catálogos históricos como berço da mulher que, em épocas remotas e devidamente esquecidas , tanto odiara e que se convencionou chamar " heroína de dois mundos " .
Tirado do livro Anita Garibaldi " A paixão .O ciúme. As angústias de uma guerreira. Única mulher a entrar na história farropilha ". MARÔ SILVA . Coleção esses Gaúchos.
terça-feira, 20 de setembro de 2011
PRECIOSIDADES DE WOLFGANG LUDWIG RAU 1999
Acervo de Wolfgang Ludwig Rau inclui quadros, livros, gravuras, fotografias, documentos, mapas e até móveis relativos à vida de Anita Garibaldi e seu companheiro, Giuseppe Garibaldi
Fotos: Sídnei Cruz/ARQUIVO/AN/10/8/1999
Preciosidades de
Wolfgang Rau
Acervo garibaldino do pesquisador pode ser adquirido por R$ 100 mil pelo governo do Estado
Ana Cláudia Menezes
O deputado Joares Ponticelli (PPB) apresentou na última terça-feira do ano , na reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembléia Legislativa, o parecer favorável ao projeto de lei encaminhado pelo governo do Estado para adquirir o acervo garibaldino do pesquisador Wolfgang Ludwig Rau, no valor de R$ 100 mil.
O relatório do parlamentar é o primeiro passo para que o Executivo possa dar continuidade ao processo de compra do material do historiador, cujas pesquisas iniciaram no final da década de 1960 e inclui quadros, livros, gravuras, fotografias, documentos, mapas, móveis - só para citar algumas das preciosidades sobre Anita Garibaldi e seu companheiro, Giuseppe Garibaldi, e a Revolução Farroupilha. Depois da CCJ, o projeto passará por mais duas comissões - a de Finanças e de Educação e Cultura, até ser submetido ao plenário.
Pelo projeto de lei, o acervo será cedido em regime de comodato (empréstimo gratuito) ao município de Laguna. Este, por conta da possibilidade de receber o acervo, encomendou ao Instituto de Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan), um projeto de restauração do prédio que antigamente abrigou a usina elétrica da cidade, com características luso-brasileiras, na entrada de Laguna. A idéia é abrir o espaço para pesquisadores interessados no assunto. "A doação existe e o acervo virá para Laguna", assegura a diretora de museus da Fundação Lagunense de Cultura, Maria Elizabeth Guilhon Antunes.
O destino do acervo é aguardada com ansiedade pela família de Wolfgang Rau, nascido na Suíça em 1916, arquiteto formado pela Faculdade de Engenharia do Paraná e autor de vários livros sobre o tema. Entre eles, "Anita Garibaldi - O Perfil de uma Heroína Brasileira", primeira publicação sobre o assunto, lançada em 1975 e referência para outros pesquisadores que continuaram a investigar a vida da "Heroína de Dois Mundos", nascida em 1821 em local ainda não confirmado - a polêmica se divide entre Laguna e Tubarão.
Quem conheceu o acervo garibaldino de Rau, acomodado em uma sala no município de São José, reconhece a sua importância para o Estado. "Para a história de Laguna, de Santa Catarina, é fundamental. Espero que este processo não demore muito e que seja disponibilizado logo aos pesquisadores", diz a historiadora Elisabete Neves Pires, gerente de Organização e Funcionamento de Museus da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e responsável pelo levantamento quantitativo do acervo de Wolfgang Rau.
Durante uma semana, em setembro do ano passado, Elisabete registrou cada uma das peças do historiador para fundamentar o projeto de lei enviado pelo governo do Estado à Assembléia. O que ela encontrou representa a dedicação de Rau a um tema pelo qual ele se apaixonou e dedicou toda a sua vida. Antes de ser cedido ao município de Laguna, Elisabete, que é especialista em museologia, alerta para a necessidade de restauração de algumas peças e a realização de "um inventário rigoroso" do material.
Quem conheceu o acervo de Rau é ciente da importância do material para a preservação da história de Anita e Giuseppe Garibaldi. O jornalista Celso Martins, de A Notícia visitou-o algumas vezes, como parte de sua pequisa para elaborar o livro "Aninha virou Anita", lançado em 1999. "É o acervo mais importante do mundo, dito por todos os conhecedores do assunto e, inclusive, pelos remanescentes da família de Garibaldi da Itália", conta. "Tudo o que existe sobre Anita, o Rau tem", diz.
A aquisição do acervo garibaldino de Rau foi um compromisso verbal feito pelo governador Esperidião Amin no lançamento do livro "Anita Garibaldi, uma Heroína Brasileira", do jornalista Paulo Markun, em 1999, e durante as comemorações pelos 150 anos da morte de Anita. Para Markun, a aquisição do acervo é de "extrema importância" para Santa Catarina. "O Rau dedicou a vida toda ao assunto. Acho louvável a atitude do governo. Ele fez a sua parte", diz.
Fotos: Sídnei Cruz/ARQUIVO/AN/10/8/1999
Wolfgang Rau
O deputado Joares Ponticelli (PPB) apresentou na última terça-feira do ano , na reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembléia Legislativa, o parecer favorável ao projeto de lei encaminhado pelo governo do Estado para adquirir o acervo garibaldino do pesquisador Wolfgang Ludwig Rau, no valor de R$ 100 mil.
O relatório do parlamentar é o primeiro passo para que o Executivo possa dar continuidade ao processo de compra do material do historiador, cujas pesquisas iniciaram no final da década de 1960 e inclui quadros, livros, gravuras, fotografias, documentos, mapas, móveis - só para citar algumas das preciosidades sobre Anita Garibaldi e seu companheiro, Giuseppe Garibaldi, e a Revolução Farroupilha. Depois da CCJ, o projeto passará por mais duas comissões - a de Finanças e de Educação e Cultura, até ser submetido ao plenário.
Pelo projeto de lei, o acervo será cedido em regime de comodato (empréstimo gratuito) ao município de Laguna. Este, por conta da possibilidade de receber o acervo, encomendou ao Instituto de Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan), um projeto de restauração do prédio que antigamente abrigou a usina elétrica da cidade, com características luso-brasileiras, na entrada de Laguna. A idéia é abrir o espaço para pesquisadores interessados no assunto. "A doação existe e o acervo virá para Laguna", assegura a diretora de museus da Fundação Lagunense de Cultura, Maria Elizabeth Guilhon Antunes.
O destino do acervo é aguardada com ansiedade pela família de Wolfgang Rau, nascido na Suíça em 1916, arquiteto formado pela Faculdade de Engenharia do Paraná e autor de vários livros sobre o tema. Entre eles, "Anita Garibaldi - O Perfil de uma Heroína Brasileira", primeira publicação sobre o assunto, lançada em 1975 e referência para outros pesquisadores que continuaram a investigar a vida da "Heroína de Dois Mundos", nascida em 1821 em local ainda não confirmado - a polêmica se divide entre Laguna e Tubarão.
Quem conheceu o acervo garibaldino de Rau, acomodado em uma sala no município de São José, reconhece a sua importância para o Estado. "Para a história de Laguna, de Santa Catarina, é fundamental. Espero que este processo não demore muito e que seja disponibilizado logo aos pesquisadores", diz a historiadora Elisabete Neves Pires, gerente de Organização e Funcionamento de Museus da Fundação Catarinense de Cultura (FCC) e responsável pelo levantamento quantitativo do acervo de Wolfgang Rau.
Durante uma semana, em setembro do ano passado, Elisabete registrou cada uma das peças do historiador para fundamentar o projeto de lei enviado pelo governo do Estado à Assembléia. O que ela encontrou representa a dedicação de Rau a um tema pelo qual ele se apaixonou e dedicou toda a sua vida. Antes de ser cedido ao município de Laguna, Elisabete, que é especialista em museologia, alerta para a necessidade de restauração de algumas peças e a realização de "um inventário rigoroso" do material.
Quem conheceu o acervo de Rau é ciente da importância do material para a preservação da história de Anita e Giuseppe Garibaldi. O jornalista Celso Martins, de A Notícia visitou-o algumas vezes, como parte de sua pequisa para elaborar o livro "Aninha virou Anita", lançado em 1999. "É o acervo mais importante do mundo, dito por todos os conhecedores do assunto e, inclusive, pelos remanescentes da família de Garibaldi da Itália", conta. "Tudo o que existe sobre Anita, o Rau tem", diz.
A aquisição do acervo garibaldino de Rau foi um compromisso verbal feito pelo governador Esperidião Amin no lançamento do livro "Anita Garibaldi, uma Heroína Brasileira", do jornalista Paulo Markun, em 1999, e durante as comemorações pelos 150 anos da morte de Anita. Para Markun, a aquisição do acervo é de "extrema importância" para Santa Catarina. "O Rau dedicou a vida toda ao assunto. Acho louvável a atitude do governo. Ele fez a sua parte", diz.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
ANITA GARIBALDI
ANITA GARIBALDI
A brasileira Ana Maria de Jesus Ribeiro, ANITA GARIBALDI , nascida em Laguna em 1821 e falecida em Montevidéu a 4 de agosto de 1849. Foi a única verdadeiro amor do General José Garibaldi, a sua primeira esposa, casados em Montevidéu a 26 de março de 1842. Tiveram quatro filhos : MENOTTI, ROSITA, TEREZITA E RICCIOTTI.
(DESENHO DE DOMINGOS FOSSARI ,pertencente à Coletânea Garibaldina do autor ) .
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ANITA GARIBALDI
A HEROÍNA DOS DOIS MUNDOS
RESUMO BIOGRÁFICO
Ana Maria de Jesus Ribeiro - Nasceu em 1821 em morrinhos, Laguna, na então província de Santa Catarina. Seus pais, Bento Ribeiro da Silva e Maria Antonia de Jesus , eram pobres porém honrados.Do seu pai parece ter herdado a energia e a coragem pessoal, revelando desde criança um caráter independente e resoluto. Em 1835, já falecido o pai , casou aos 14 anos por insistência materna, com Manoel Duarte de Aguiar, na igreja Matriz Santo Antônio dos Anjos da Laguna. O curto matrimônio, sem afinidades e sem filhos, revelou-se um fracasso seguido de separação , aos 18 anos conheceu a José Garibaldi que viera com as tropas farroupilhas de Davi Canabarro e Joaquim Teixeira Nunes tomar a Laguna em julho de 1839, fundando a República Juliana dos Cem Dias . Garibaldi chegara a Laguna com fama de herói pelo feito épico que acabara de realizar ao transportar, por terra, as duas embarcações " Farroupilha " e
" Seival " de Capivari a Tramandaí e posterior salvamento do naufrágio da primeira ao sul do Cabo de Santa Marta. Seu encontro com Anita resultou em amor a primeira vista, dando origem a um dos mais belos romances de amor e dedicação incondicionais. A 20 de outubro de 1839, Anita decide seguir José Garibaldi, subindo
a bordo de seu navio para uma expedição de corso até Cananéia. Sua lua de mel tem lances de grande dramaticidade. Em Imbituba recebeu seu batismo de fogo ao serem os corsários atacados por forças marítimas legais. Dias depois , a 15 de novembro , Anita confirma sua coragem ímpar e amor heróico a Garibaldi e á causa na célebre batalha naval de Laguna, contra Frederico Mariath, em que expõe a mil mortes ao atravessar uma dúzia de vezes num pequeno escaler a aréa de combate para tranportar munições em meio de verdadeira carnifician humana. Com o fim da efêmera República Lagunense, o casal segue na retirada para o sul.Subindo a serra , Anita combate ao lado de Garibaldi em Santa Vitória, passa o Natal de 1839 em Lages, toma parte ativa no combate das Forquilhas (Curitibanos ) á meia noite de 12 de janeiro seguinte . Feita prisioneira de Melo Albuquerque, consegue deste comandante premissão para procurar no campo de batalha a cadáver de Garibaldi que lhe haviam dito como morto. Foge depois espetacularmente, embrenhando-se pela mata atravessando o Rio Canoas a nado, reencontrando as tropas em retirada e seu Giuseppe, oito dias depois.. Em 16 de setembro de 1840 nasceu seu primogênito Menotti em Mostardas,na região da Lagoa dos Patos , no Rio Grande do Sul. Doze dias depois do parto , é obrigado a fugir dramaticamente a cavalo, seminua e com o recém-nascido ao colo, de um ataque noturno de Pedro de Abreu durante a ausência de Garibaldi. Reencontrandos depois, Anita e o filho seguiram, também, na posterior grande retirado pelo mortífero vale do Rio das Antas, da qual nos conta o próprio Garibaldi, foia mais medonha que jamais acompanhou, e que a desesperada coragem de Anita conseguiu meios de salvar o filho à última hora.Em 1841, dispensado por Bento Gonçalves, Garibaldi segue com a pequena família para Montevidéu, engajando-se nas lutas Uruguaias contra a o tirano rosas. A 26 de março de 1842 , Garibaldi casa com Anita na antiga igreja de São Francisco de Assis. Nos anos seguintes , Anita tem mais três filhos : Rosita,Terezita e Ricciotti. Rosita não consegue vencer um ataque de difteria, falecendo aos trinta meses, deixando seus pais desesperados.Em fins de 1847, segue Anita com seus filhos para a Itália, para Gênova e Nice, sendo seguido pelo marido poucos meses depois. Na Itália, Anita Garibaldi deu múltiplas demonstrações de aprimoramento intelectual, aparecendo como esposa condigna do herói italiano cuja estrela começa a brilhar internacionalmente. Infelizmente a vida de Anita foi demasiado curta . Em meados de 1849, vai a Roma sitiada pelos Franceses ao encontro do marido, e com ele e sua Legião Italiana faz a célebre retirada, dando repetidas mostras de grande dignidade e de coragem em lances de bravura frente aos inimigos austríacos. Grávida pela quinta vez e muito doente, não aceita os conselhos para permanecer em São Marino para restabelecer-se. Não quer abandonar o marido quando quase todos o abandonaram.Acompanhada de poucos fiéis,ziquezagueando pelos pântanos ao norte de Ravena, fugindo dos austríacos, prometendo pena de morte a eles garibaldinos e a quem lhes ajudasse, José Garibaldi vê definhar rapidamente a mulher que mais amou na vida e de sua coragem disse desejaria muitas vezes fosse a dele!
Pelas 19 horas do dia 4 de agosto de 1849, Anita Garibaldi falece nos braços do esposo em pranto, longe dos filhos , num quartinho do segundo pavimento da casa dos irmãos Ravaglia, em Mandriole, próximo a Santo Alberto.
Wolfgang Ludwig Rau
Florianópolis e Laguna sc .
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
FILHOS DE RICCIOTTI GARIBALDI - NETOS DE ANITA -
FILHOS DE RICCIOTTI NETOS DE ANITA E GARIBALDI:
1- BRUNO ( MORREU NOS ARGONNES EM 1914-15 )
2- MENOTTI ( ERA ENGENHEIRO AGRÔNOMO , MORREU NA ÍNDIA OU NA CHINA,ONDE PERMANECEU VÁRIOS ANOS )
3-PEPINO ( COMANDANTE DA LEGIÃO ITALIANA E FRANÇA, MORREU GENERAL ITALIANO ).
4-CONSTANTE ( MORREU EM 1915 NA FRANÇA CONTRA OS ALEMÃES).
5-RICCIOTTI
6-SANTE (ERA CASADO COM UMA FRANCESA ). ADOTOU UMA FILHA COM O NOME DE ANITA.ESTEVE PRESO NO CAMPO DE CONCENTRAÇÃO NAZISTA DE DACHAU.
ALÉM DOIS SEIS FILHOS, DA FOTO, HAVIA OS SEGUINTES:
(7) EZIO ( GENERAL ITALIANO FALECIDO EM ROMA,EM 1969 ). ERA CASADO DUAS VEZES; EM SEGUNDAS NÚPCIAS COM A BERTINENSE ERIKA KNOPP, COM A QUAL TEVE DOIS FILHOS, GIUSEPPE E VICTORIA.
(8) ROSA GARIBALDI.
(9) ITÁLIA GARIBALDI , VISITOU A A MERICA DO SUL POR VOLTA DE 1930. ESCREVEU A OBRA " GARIBALDI NA AMÉRICA ".
(10) JOSEPHINA ( GIUSEPPINA GARIBALDI ZILUCA ). ESTEVE NO BRASIL EM 1970 ACOMPANHADA DE SEU FILHO PAUL E NORA LOUISE . TINHA UM SEGUNDO FILHO DE NOME TONY .
( SEGUNDO INFORMAÇÕES PRESTADAS PESSOALMENTE AO AUTOR, PELO CORONEL PAUL GARIBALDI ZILUCA, BISNETO DE JOSÉ E ANITA GARIBALDI, EM SÃO JOSÉ - SC , EM OUTUBRO DE 1970 .
TEREZITA GARIBALDI:
TEREZITA GARIBALDI, LINDA ÍTALO-BRASILEIRA NASCIDA EM MONTEVIDÉU A 22 DE MARÇO DE 1845, FILHA DA LAGUNENENSE ANITA E DE JOSÉ GARIBALDI. PRESENCIOU O DESASTRADO SEGUNDO CASAMENTO DE SEU PAI EM FINO MORNASCO. CASOU COM O OFICIAL GARIBALDINO STEFANO CANZIO , E TEVE MAIS DE QUINZE FILHOS.
" TEXTO TIRADO DO LIVRO DE W.L.RAU " VIDA E MORTE DE JOSÉ E ANITA GARIBALDI ."
terça-feira, 13 de setembro de 2011
O FILHO BRASILERIO DE ANITA E GARIBALDI - MENOTTI .
A terra natal do filho de Anita e Garibaldi Mostardas .
O Município de Mostardas foi criado em 26 de dezembro de 1963, emancipado de São José do Norte.
Está distanre de Porto Alegre (Capital do Rio Grande do Sul ) 205 Km, através das rodovias RS 040 e RST 101. Possui uma área de1952 Km² e uma população de 11.656 habitantes. No centro histórico, ainda hoje apresenta o casario colonial, herança deixada pelos colonizadores açorianos, que começaram a chegar por volta de 1763. Sua colonização teve influência do índio, do negro e predominantemente do imigrante açoriano, que pode ser observado na arquitetura , nas ruas estreitas, como também na formação cultural e religiosa, bem como nos usos e costumes de seus habitantes.
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No ano em que se comemora o centenário da morte do General Menotti Garibaldi , na Itália, é oportuno lembrar que o seu nascimento, em pleno período da República F arropilha ( 16 de setembro de 1840, em São Simão, Mostardas ), obrigou Giuseppe Garibaldi a abandonar o serviço militar da República Rio-Grandense.
Na Itália, Menotti lutou como um autêntico Garibaldi,filho dos heróis Giuseppe e Anita ,em batalhas memoráveis, chegando a conquistar na Campanha da França , as estrelas do generalato.
Domingos Menotti Garibaldi , acompanhou o pai até o fim. Sreno,calmo, tinha a coragem dos bravos, dos verdadeiros homens , dos que sabem porque lutam.
Diziam que quando falavam da nacionalidade dos garibaldinos - muito variada, naturalmente - ele mesmo, Menotti Garibaldi,quando não seu próprio pai, o Herói, não deixava de dizer que entre eles havia um brasileiro, condição de que jamais se esquecera.
Este livro não pretende ser uma obra definitiva sobre Domingos Menotti Garibaldi. mas é um pedido de justiça , um brado de alerta , o acender de um farol. Algum dia , os grandes historiadores da Itália e do Brasil escreverão mais e melhor sobre Menotti.
A única pretensão deste livro é acender a luz .
Porto Alegre, Inverno de 2003.
Elma Sant'Ana.
Menotti - Um dos Nossos Centauros
A mim me surpreende na saga garibaldina, alguns aspectos importantíssimos e que não vejo destacados na extensa bibliografia que existe a respeito.
Assim a odisséia de GIUSEPPE GARIBALDI da qual ANITA e MENOTTI são apêndices gloriosos, a rigor , começou na Guerra dos Farrapos. Foi no pampa gaúcho que ele flexionou, nos primeiros vôos , as asas que se revelariam poderosas, gigantescas.
E aí primeiro aspecto importante : marinheiro, na Europa , é como marinheiro hábil e capaz que ele é apresentado a BENTO GANÇALVES DIAS .É como marinheiro que ele assume cargos e postos na República Rio- Grandense. É como marinheiro, depois de um feito incrível ( a travessia de dois lanchões por terra , em rodados de carretas ) que ele chega à Santa Catarina. É como marinheiro que ele conhece ANITA e a tomou em seu navio como mulher , é verdade, mas também como um membro a mais da sua tripulação e um dos mais capazes, de coragem santa,santificada pela lista ao lado do homem que passava a idolatrar e pelo ideal que defendia.
Menotti Garibaldi - primogênito do herói, nascido em São Simão, hoje aprazível praia atlântica do municipio de Mostardas ,aqui no Rio Grande do Sul ,ter feito carreira militar e política brilhante, alcançando o generalato do poderoso exército Italiano.
É assim que eu gosto de pensar - mesmo peleando longe, foi também e com brilho , um dos nossos centauros.
Antonio Augusto Fagundes
Historiador outubro de 2003.
Acão guerreira´e Política de Menotti.
As campanhas do pai presseguem. O nome de Garibaldi é um grito de liberdade pela reunificação da Itália. Aos 16 anos, Menotti não resiste à voz o sangue e se torna mais um garibaldino voluntário, acompanhando o pai a Caprera. Nunca mais , até a morte do herói , eles vão se separar , e Menotti será, mais que qualquer outro, digno da herança histórica de Garibaldi.
Em 25 de setembro de 1859, acompanha o pai na translação dos restos mortais de Anita Garibaldi de Mandriole para Nice,numa emocionante consagração gariabldina em romaria cívica. Terezita está junto.
Não tinha completado 20 anos quando se alista como voluntário no Esquadrão Guide e, em 1860, acompanha o pai na fomosa campanha "Mille", fazendo brilhar sua espada nos combates de Calatafimi,Palermo, Região da Calábria e Montecaro, e recebe, por bravura, duas condecorações: uma de sangue, o primeiro ferimento recebido num combate; outra, a ordem militar de Savóis, no grau de Cavaleiro.
Em 1862 já comanda o Batalhão de Artilhieros no Aspromonte, e na 3° Guerra de Independência comanda o 9° Regimento do corpo de Voluntários. Nesta campanha, perto de Bezzecca,expulsa os austríacos de Locca, combatendo até mesmo dentro das casas e recebendo do Rei: "demonstrou capacidade de inteligência marcante durante a campanha, conduzindo o próprio regimento em operações delicadas e importantes."
Diatingue-se pelo golpe de vista à altura da situação e ao valor no combatimento , no qual grande parte do sucesso foi devido a ele. Tem 25 anos apenas e já é um dos mais famosos comandantes garibaldinos. Também neste ano , a 3 de julho, é iniciado na Maçonaria de Palermo.
Em 67, combate no Agro Romano, em Monterodonto e Mentana.
Em 70, quando Garibaldi, acode em auxilio à frança, o Coronel Menotti é promovido a Comandante de Brigada, com o grau de General, e lidera franceses e italianos, lutando em Autum e Dijon, e chegando a comandar todo o exército na ausência do pai.
Ao morrer Garibaldi¹¹ , Menotti abandonou a vida guerreira para sempre.
Com a paz e um passado digno e honrado, Domingos Menotti Garibaldi tornou-se político e agricultor. Criou e desenvolveu projetos revolucionários. Republicano sincero, sonhava com a libertação do homem do campo, com o fim do feudalismo, o qual, segundo ele,retardava a chegada do progresso na Itália. E ele não falava por falar :Surpreendia todo mundo por saber que o General e o Deputado, titular de um feudo, convivia de igual para igual com os servos da gleba, procurando amenizar-lhe a dura vida e tentando achar para esses italianos, desprotegidos da sorte, um caminho mais digno no futuro.
Em 19 de novembro de 1888, é regularizado na Loja Maçônica de Roma.
Foi eleito deputado por Velletri¹² (1876-1900 ) e enfrentou com sucesso o saneamento da vastos loteamentos da campanha romana. Foi também Presidente do Conselho Provincial de Roma.
Menotti casou com uma moça rica, Itália Bidischini Dal'Oglio. O casal teve os seguintes filhos:
Anita Garibaldi (1875 - 1951 );
Rosita Garibaldi (1877 - 1964 );
Gemma Garibaldi (1878 - 1951 );
Giuseppina Garibaldi (1883 - 1910 );
Giuseppe Garibaldi (1884 - 1886 );
e Giuseppe Garibaldi ( 1887 - 1969 ).Esse último repetiu o nome do irmão morto aos dois anos de idade .
Menotti Garibaldi morreu aos 63 anos de idade , em 22 de agosto de 1903, quando tanto havia para ser feito. Seu túmilo, em Aprilia, no Cemitério de Carano - Garibaldi¹³, faz justiça ao Herói , filho de Herói e de Heroína. Deu seu corpo à terra que ele tanto amou e pela qual lutou.
É tradição que quando o grande poeta Gabriele D''Annunzio proferia o elogio fúnebre à Menotti ,um grupode cavalheiros,rudes homens de campanha sem qualquer comando,abriu alas naturalmente. Os instrumentos de trabalho que postavam naquela hora mágica pareceram as lanças farropilhas que escreveram, como penas marciais, a história da gloriosa República Rio-Grandense daqueles farrapos heróicos, que um dia acompanharam o pai, no lombo do cavalo e de lança na mão.
E se um vento soprou naquele momento, antes que o caixão fosse cerrado, se alguma brisa mexeu no cabelo do herói que dormia, como seria fácil aos gaúchos rio-grandenses de Mostardas, de São Simão, pensar que o Pampa americano, que a terra brasileira , novamente beijava seu filho querido, o único Garibaldi gaúcho-brasileiro.
EM 2 DE JUNHO DE 1882 EM SUA ILHA DE CAPRERA NA SARDENHA, MORREU AOS 75 ANOS GIUSEPPE GARIBALDI, "CONSIDERADO UM DOS MAIORES MESTRES NA HISTÓRIA DA ESTRATÉGIA MILITAR REVOLUCIONÁRIA", COMO SE REFERE O ESTUDIOSO Dr. LUCAS BARCELLOS GONÇALVES.
¹² MENOTTI GARIBALDI E VELLETRI VER APÊDICE DOCUMENTAL.
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Carano-Garibaldi, Túmulo da Família de Menotti
Garibaldi em Aprilia.
Cognome e nome e - Nascimento - Falecimento - Anos
Grau de Parentesco * +
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1-Garibaldi Menotti 1840 1903 63
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2-Garobaldi Peppinelo
filho 1884 1886 02
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3-Bidischini Lucrezia
nascida Zamvos-sogra 1810 1895 85
---------------------------------------------------------------------------------
4-Garibaldi Giuseppina
filha 1883 1910 27
---------------------------------------------------------------------------------
5-Maruca Francesco-
Cunhado 1845 1910 65
---------------------------------------------------------------------------------
6-Maruca Elvira-nascida
Bidischini-cunhada 1842 1927 85
---------------------------------------------------------------------------------
7-Garibaldi Italia-nascida
Bidischini- esposa 1852 1927 75
---------------------------------------------------------------------------------
8-Ravizza Vittorio-genro,
casado com Rosita 1874 1947 73
---------------------------------------------------------------------------------
9-Ravizza Giulio. neto,
filho de vittorio e Rosita 1898 1950 52
---------------------------------------------------------------------------------
10-Garibaldi Gemma-
filha 1878 1951 73
---------------------------------------------------------------------------------
11-Mettre Ravizza Angela-
esposa do neto Odoardo 1898 1960 62
---------------------------------------------------------------------------------
12-Garibaldi Anita- filha 1875 1961 86
---------------------------------------------------------------------------------
13-Ravizza Rosita- nascida-
Garibaldi- filha 1877 1964 87
---------------------------------------------------------------------------------
14-Ravizza Odoardo-neto,
filho de Vittorio e Rosita 1901 1967 66
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15-Garibaldi Giuseppe-
filho 1887 1969 82
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16-Gabriella Ravizza-
nascida Barluzzi 1905 1997 92
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segunda-feira, 12 de setembro de 2011
TEXTO TIRADO DO LIVRO AS SUCESSORAS DE ANITA GARIBALDI DO AUTOR WOLFGANG LUDWIG RAU.
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A figura heróica de José Garibaldi é parte integrante da História das Américas, Brasil, Uruguai,Argentina,EstadosUnidos da América do Norte, chile, Cuba, Peru, Venezuela e Equador registraram com satisfação,senão orgulho , sua presença, durante períodos mais ou menos prolongados, em seus terrtórios.
No Brasil , no Uruguai e em Entre-Rios foi onde Garibaldi mais se demorou e onde empenhou sua vida em causa alheia impulsionado pelo seu idealismo-contra o despotismo imperial e contra a usurpação portenha.
Oficial de Marinha , aprendeu no sul a guerrilha montada-aprendizagem que se lhe tornou útil, posteriormente, nas lutas pela Unificação da Itália, sua pátria peninsular.
José Garibaldi participou, ativa e destacamente, em expedições militares e numerosos combates dos farroupilhas,sob
o comando geral do Gereral Bento Gonçalves, em terras brasileiras consideradas " gaúchas", do Rio Grande do Sul e no planaldo Catarinense; e foi um dos conquistadores da Laguna em julho de 1839, ao lado de Davi Canabarro e Joaquim Teixeira Nunes.
Durante os cento e nove dias da efêmera República Juliana Catarinense,Garibaldi conheceu na Barra da Laguna o amor de sua vida,Ana Maria de Jesus Ribeiro, Anita Garibaldi,sua primeira esposa, companheira de muitos combates memoráveis-
marítimos e terrestres-falecida dez anos mais tarde, nos pântanos de Camacchio a San Marino, em meados de 1849.
Morta Anita, e decorridos outros dez anos- temos durante o qual,exilado de sua pátria pela segunda vez, o então comandante de navios de longo curso Garibaldi circunavegou todo o globo terrestre, visitando a China, a Austrália. e, finalmente a Inglaterra, que o cumulou de honrarias , e confinou-se , temporariamente , em Caprena.
Promovido a Genenal de Exército e condecorado pelo Rei do Piemonte com Metalha de Ouro do Valor Militar, chegado o ano de 1860, Garibaldi contraiu o seu segundo matrimônio- cedo fadado no fracasso-com a Marquesa Giuseppina Raimond.
Quando anulado este, vinte anos depois- e já no fim da vida - o General Garibaldi realizou seu terceiro e último casamento,em 1880, com Dona Francesca Armosino.
Reportagens jornalística hodiernas costumam apresentar Anita Garibaldi como se fora a única mulher de Garibaldi.
O relevo proporcionado à Lagunense Anita é incontestavelmente merecido: O General Garibaldi .após a morte de sua heroína companheira ficou só - no âmago do seu ser.
Entretanto, Anita não foi sua única esposa!
Houve duas sucessoras, também elas casadas legalmente com José Garibaldi. Geralmente relegadas a segundo plano ou mesmo omitidas, elas são menos conhecidas , por menos divulgadas, ao público- especialmete brasileiro- que tem o "condottiero" em alta conta.
É delas, segunda e terceira esposas, que trata este trabalho histórico, o qual se constitue em crônica dos dois casamentos - dando ênfase maior ao segundo, por maiores as suas ímplicações e tormentos provocados na vida privada de Garibaldi.
Além da narração condensada dos episódios cronológicos, solidamente alicerçado em centenas de documentos, arquivados em museus oficiais Italianos e coleções Garibaldinas particulares, introduzimos algumas apreciações de ordem psicológica que julgamos oportunas, referentes aos protagonistas do triângulo amoroso das segundas núpsias, especialmente a respeito da figura central dos eventos, o saint-simoniano José Garibaldi, e de suas atitudes, de caráter estritamente mpassoal, por ele tomadas antes e depois do fiasco de Fino Mornasco.
Duas obras Italianas recentes, sobre o mesmo assunto, estimularam-nos para produzir entre estudo histórico em língua portuguesa: " La Bella Figlia del Lago " de Mino Mulinacci,e " Garibaldi - Giuseppina Raimond - Gigio Caroli " de Vittorio Polli , ambas de conteúdo importante.
Toda pesquisa histórica se constitui, fundamentalmente, em trabalho de equipe, cujos menbros se sucedem e , na maioria, se desconhecem mutualmente. A meta almejada por todos é a de recompor um mosaico desgastado pelo tempo e pelo esquecimento, e de restituir-lhe, com nossa contribuição construtiva, a nitidez perdida. O resultado final, aperfeiçamente aos poucos - qual lapitação da pedra bruta - sempre é e será, o trabalhosas reflexões... Valorizando condignamente os trabalhos de autores - muitas vezes quase anônimos - apresentamos aqui as nossas homenagens aos numerosos pesquisadores que nos antecederam, e cujas averiguações convalidam nosso trabalho e esta publicação .
Garopaba, Junho de 1987.
O autor.
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
SOBRE WOLFGANG LUDWIG RAU
O autor, de origem Suíça, veio ao Brasil em 1930 com seus pais e irmãos,fixando-se a família na cidade serrana de Lages, em Santa Catarina . Naturalizou-se em 1940,e prestou seu serviço Militar em Curitiba no ano seguinte.Fez o curso Ginasial no Colégio Catarinense (S.J ) em Florianópolis; o curso pré-engenheiro do colégio Paranaense de Curitiba ; e prestou exame vestibular na Faculdade de Engenharia do Paraná.
Projetista sem limite para o Município de Lages,mais tarde participou como sócio e diretor de várias firmas de engenharia e arquitetura em Lages e em Florianópolis, onde reside a 26 anos. Fez parte da Sociedade Literária " LUIZ DELFINO "
em Florianópolis. Publicou diversas reportagens históricas em Porto Alegre,Laguna e na Capital Catarinense. É membro de várias sociedades filandrópicas e culturais; é sócio honorário perpétuo da Associazone Nazionale Veterane e Reduci Garibaldini ( Roma ) e da Federazone Garibaldini da Emilia - Romagna com sede em Bolonha . Por suas perquisas garibaldinas foi agraciado com diversas medalhas de mérito na Itália e na França.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
WOLFGANG LUDWIG RAU "CONHECER PARA AMAR "
Inúmeras cidades brasileiras, e dos mais diversos modos, já prestaram homenagem a Anita Garibaldi;mesmo recentemente
o Governo do seu Estado natal efetivou-lhe elevado tributo com a instituição da "medalha do mérito Anita Garibaldi."
Apesar disso um fato se apresenta claro e insofismavél-ANA MARIA DE JESUS RIBEIRO , a quem o grande Garibaldi apelidou de Anita,continua sendo desconhecida em sua pátria ; da plêiade vultos brasileiros Anita permanece neglicenciada.Sua vida, seus heróicos feitos, sua personalidade, enfim, grande parte do que se lhe refere, conserva-se obscuro.
Obras de enegável contéudo,do passado, hoje são raridades bibliográficas e, mesmo algumas mais recentes,não atingem seu pleno objetivo.
O autor ,em criteriosos e exaustivas pesquisas,ao longo de 7 (sete) anos,procurou vencer a escassez de dados históricos,
preencher as lacunas e esclarecer os pontos controversas da vida dessa ilustre brasileira.E , atingio o objetivo,integralmente!
Consegui - e assim se o pode bem dizer - compor os elos da corrente histórica que expressa os meteóricos os 28 anos de vida de Anita Garibaldi. Itália, Uruguai e, particularmente, o Brasil, tiveram os locais e caminhos, relacionados à epopéia da heroina, percorridos e perquisados pelo o autor, sempre viajando as suas próprias expensas. Dessa maneira lagrou, inclusive , desenvolver e consolidar a Tábua Geneológica de Anita, seus irmãos e demais famíliares.
Num desfile gronológico, e presente biografia que ,sem dúvida alguma, pode-se catalogar como magnífica e duradoura obra ,tem seu exórdio em Laguna, terra natal de Anita ; acompanha-a pelo Brasil, Uruguai e Itália,até seu calvario em solo Italiano , entre em San Marino e Mandriole , onde morreu, longe dos filhos e da Pátria. A exumação , seguida de altópsia, os sete sepultamento , tudo é oferecido ao leitor, documentadamente, com riqueza de detalhes e farta ilustração
(mais de trezentos...!), quase todas inéditas no Brasil. De suas páginas surge,extraordinário e inconfundivel, o ídolo da Europa w das Américas no século passado: José Garibaldi que viera a Laguna na crista das ondas Farroupilhas de 1839, tendo ali encontrado a mulher do seu destino, posteriormente reconhecida como heroína Brasileira . De seu reconhecimento também na Itália resultou e cognome famoso - " HEROINA DE DOIS MUNDOS ".
O autor destina a obra a estudiosos e professores,servindo também,entretanto, a todos aqueles que preocuram lazer na leitura de um bom livro, haja vista ao precioso contexto intercalaram-se belissimas e raras ilustrações, sendo que até mesmo as notas ao pé das páginas, ao reverdo e enfadonhas ou pedantes,contribuem de agradável maneira ao exclarecimento
do texto a que referem.
Assim , feliz e acertada a expressão do autor quando menciona o lema do livro : "CONHECER PARA AMAR ".
MARIO DE OLIVEIRA
o Governo do seu Estado natal efetivou-lhe elevado tributo com a instituição da "medalha do mérito Anita Garibaldi."
Apesar disso um fato se apresenta claro e insofismavél-ANA MARIA DE JESUS RIBEIRO , a quem o grande Garibaldi apelidou de Anita,continua sendo desconhecida em sua pátria ; da plêiade vultos brasileiros Anita permanece neglicenciada.Sua vida, seus heróicos feitos, sua personalidade, enfim, grande parte do que se lhe refere, conserva-se obscuro.
Obras de enegável contéudo,do passado, hoje são raridades bibliográficas e, mesmo algumas mais recentes,não atingem seu pleno objetivo.
O autor ,em criteriosos e exaustivas pesquisas,ao longo de 7 (sete) anos,procurou vencer a escassez de dados históricos,
preencher as lacunas e esclarecer os pontos controversas da vida dessa ilustre brasileira.E , atingio o objetivo,integralmente!
Consegui - e assim se o pode bem dizer - compor os elos da corrente histórica que expressa os meteóricos os 28 anos de vida de Anita Garibaldi. Itália, Uruguai e, particularmente, o Brasil, tiveram os locais e caminhos, relacionados à epopéia da heroina, percorridos e perquisados pelo o autor, sempre viajando as suas próprias expensas. Dessa maneira lagrou, inclusive , desenvolver e consolidar a Tábua Geneológica de Anita, seus irmãos e demais famíliares.
Num desfile gronológico, e presente biografia que ,sem dúvida alguma, pode-se catalogar como magnífica e duradoura obra ,tem seu exórdio em Laguna, terra natal de Anita ; acompanha-a pelo Brasil, Uruguai e Itália,até seu calvario em solo Italiano , entre em San Marino e Mandriole , onde morreu, longe dos filhos e da Pátria. A exumação , seguida de altópsia, os sete sepultamento , tudo é oferecido ao leitor, documentadamente, com riqueza de detalhes e farta ilustração
(mais de trezentos...!), quase todas inéditas no Brasil. De suas páginas surge,extraordinário e inconfundivel, o ídolo da Europa w das Américas no século passado: José Garibaldi que viera a Laguna na crista das ondas Farroupilhas de 1839, tendo ali encontrado a mulher do seu destino, posteriormente reconhecida como heroína Brasileira . De seu reconhecimento também na Itália resultou e cognome famoso - " HEROINA DE DOIS MUNDOS ".
O autor destina a obra a estudiosos e professores,servindo também,entretanto, a todos aqueles que preocuram lazer na leitura de um bom livro, haja vista ao precioso contexto intercalaram-se belissimas e raras ilustrações, sendo que até mesmo as notas ao pé das páginas, ao reverdo e enfadonhas ou pedantes,contribuem de agradável maneira ao exclarecimento
do texto a que referem.
Assim , feliz e acertada a expressão do autor quando menciona o lema do livro : "CONHECER PARA AMAR ".
MARIO DE OLIVEIRA
SONETO DO AMIGO
Soneto do amigo
Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
Vinicius de Moraes
Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
VINÍCIUS DE MORAES
Como dizia o poeta
Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não
Vinícius de Moraes
Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não
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