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A figura heróica de José Garibaldi é parte integrante da História das Américas, Brasil, Uruguai,Argentina,EstadosUnidos da América do Norte, chile, Cuba, Peru, Venezuela e Equador registraram com satisfação,senão orgulho , sua presença, durante períodos mais ou menos prolongados, em seus terrtórios.
No Brasil , no Uruguai e em Entre-Rios foi onde Garibaldi mais se demorou e onde empenhou sua vida em causa alheia impulsionado pelo seu idealismo-contra o despotismo imperial e contra a usurpação portenha.
Oficial de Marinha , aprendeu no sul a guerrilha montada-aprendizagem que se lhe tornou útil, posteriormente, nas lutas pela Unificação da Itália, sua pátria peninsular.
José Garibaldi participou, ativa e destacamente, em expedições militares e numerosos combates dos farroupilhas,sob
o comando geral do Gereral Bento Gonçalves, em terras brasileiras consideradas " gaúchas", do Rio Grande do Sul e no planaldo Catarinense; e foi um dos conquistadores da Laguna em julho de 1839, ao lado de Davi Canabarro e Joaquim Teixeira Nunes.
Durante os cento e nove dias da efêmera República Juliana Catarinense,Garibaldi conheceu na Barra da Laguna o amor de sua vida,Ana Maria de Jesus Ribeiro, Anita Garibaldi,sua primeira esposa, companheira de muitos combates memoráveis-
marítimos e terrestres-falecida dez anos mais tarde, nos pântanos de Camacchio a San Marino, em meados de 1849.
Morta Anita, e decorridos outros dez anos- temos durante o qual,exilado de sua pátria pela segunda vez, o então comandante de navios de longo curso Garibaldi circunavegou todo o globo terrestre, visitando a China, a Austrália. e, finalmente a Inglaterra, que o cumulou de honrarias , e confinou-se , temporariamente , em Caprena.
Promovido a Genenal de Exército e condecorado pelo Rei do Piemonte com Metalha de Ouro do Valor Militar, chegado o ano de 1860, Garibaldi contraiu o seu segundo matrimônio- cedo fadado no fracasso-com a Marquesa Giuseppina Raimond.
Quando anulado este, vinte anos depois- e já no fim da vida - o General Garibaldi realizou seu terceiro e último casamento,em 1880, com Dona Francesca Armosino.
Reportagens jornalística hodiernas costumam apresentar Anita Garibaldi como se fora a única mulher de Garibaldi.
O relevo proporcionado à Lagunense Anita é incontestavelmente merecido: O General Garibaldi .após a morte de sua heroína companheira ficou só - no âmago do seu ser.
Entretanto, Anita não foi sua única esposa!
Houve duas sucessoras, também elas casadas legalmente com José Garibaldi. Geralmente relegadas a segundo plano ou mesmo omitidas, elas são menos conhecidas , por menos divulgadas, ao público- especialmete brasileiro- que tem o "condottiero" em alta conta.
É delas, segunda e terceira esposas, que trata este trabalho histórico, o qual se constitue em crônica dos dois casamentos - dando ênfase maior ao segundo, por maiores as suas ímplicações e tormentos provocados na vida privada de Garibaldi.
Além da narração condensada dos episódios cronológicos, solidamente alicerçado em centenas de documentos, arquivados em museus oficiais Italianos e coleções Garibaldinas particulares, introduzimos algumas apreciações de ordem psicológica que julgamos oportunas, referentes aos protagonistas do triângulo amoroso das segundas núpsias, especialmente a respeito da figura central dos eventos, o saint-simoniano José Garibaldi, e de suas atitudes, de caráter estritamente mpassoal, por ele tomadas antes e depois do fiasco de Fino Mornasco.
Duas obras Italianas recentes, sobre o mesmo assunto, estimularam-nos para produzir entre estudo histórico em língua portuguesa: " La Bella Figlia del Lago " de Mino Mulinacci,e " Garibaldi - Giuseppina Raimond - Gigio Caroli " de Vittorio Polli , ambas de conteúdo importante.
Toda pesquisa histórica se constitui, fundamentalmente, em trabalho de equipe, cujos menbros se sucedem e , na maioria, se desconhecem mutualmente. A meta almejada por todos é a de recompor um mosaico desgastado pelo tempo e pelo esquecimento, e de restituir-lhe, com nossa contribuição construtiva, a nitidez perdida. O resultado final, aperfeiçamente aos poucos - qual lapitação da pedra bruta - sempre é e será, o trabalhosas reflexões... Valorizando condignamente os trabalhos de autores - muitas vezes quase anônimos - apresentamos aqui as nossas homenagens aos numerosos pesquisadores que nos antecederam, e cujas averiguações convalidam nosso trabalho e esta publicação .
Garopaba, Junho de 1987.
O autor.
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